São Paulo, como cidade, não consegue esconder de ninguém que está
menos interessante, mais medrosa. Talvez apavorada! “Aquele sonho feliz de
cidade...” Propagado por Caetano Veloso na letra de “Sampa”, transformou-se em
pesadelo diário, principalmente noturno, sob o Primeiro Comando da Capital
(PCC) organização criminosa que surgiu dentro do Centro de Reabilitação
Penitenciária de Taubaté com o dito objetivo inicial de “defender os direitos
das pessoas encarceradas no País”. Hoje “toca o terror na cidade” numa matança
de policiais sem fim, que mais parece uma guerra civil. Foram mortos 90
policiais em São Paulo e aquela cidade que pulsava diuturnamente recolhe-se
cedo. Seus botecos, ontem, às 22h, já estavam todos fechados. Há uma espécie de
“toque de recolher” voluntário. Provocado pela matança em série. Eu mesmo,
ontem, em São Bernardo do Campo, ao passar ao lado de uma viatura policial,
imaginei: e se os bandidos passarem agora por aqui e começarem a atirar? Talvez
essa seja a pergunta que muitos intimamente fazem e isso se reflete na tez, em
cada olhar dos que estão próximos. É como se um medo coletivo desabasse sobre a
cidade. São Paulo não pulsa como antes. Ou, se o faz, é por medo.
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