Há muito assumi me referir aos homens e às mulheres distintamente, por
uma questão de respeito às diversidades de gênero. Neste texto, ao me referir
aos homens, fa-lo-ei com o sentido de “seres humanos”. Recebi uma dessas mensagens
que chegam pela Internet que me impuseram uma reflexão para tentar pensar as
diferenças entre “homens bons e homens maus”. A mensagem apresenta uma
fotografia do escritor português, José Saramago, assumidamente comunista e
ateu, com as seguintes informações escritas: “Perguntaram a José Saramago: Como
podem homens sem Deus serem bons? Ele respondeu: Como podem homens com Deus
serem tão maus?” Saramago, com toda a sua capacidade de polemizar, nos joga na
cara a própria contradição da existência humana, mais ainda, da existência de
Deus. O pano de fundo da questão, no entanto, a mim me parece, é a nossa “capacidade
humana” de rotular o outro. No caso da provocação feita a Saramago, se é que
ela existiu, ao invés de respeitá-lo na sua condição de ateu, o “provocador”
tentou desafiar o fato e ele (Saramago) ser ateu e recebeu de volta, uma
provocação no meso nível: “o fato de o perguntador ser crente”. Talvez a
postura mais coerente da nossa parte, seres humanos, será não rotular ninguém
como “bom” ou mau”, ateu ou crente. O mundo, certamente, será muito melhor se
aprendermos a respeitar as diferenças e os diferentes.
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