Ninguém se engane! O agora prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, é a
maior aposta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para suceder Dilma
Rousseff em 2018, depois que ela conquistar mais um mandato para a presidência
da República. Engana-se quem pensa que Lula fincou o poste Dilma em Brasília
para, em seguida, voltar ao posto. Ele sabe que o Brasil não é a Venezuela.
Sucessivos mandatos que ele certamente conquistaria, desgastariam sua imagem de
homem público, político e baluarte da democracia escorreria terra abaixo. O que
Lula não abre mão é de fincar os postes, ou seja, conduzir o processo. Nem que
para isso, José Dirceu e José Genoíno tenham de penar na guilhotina pública do
Mensalão. Há sim, uma possibilidade de Lula ser candidato de novo: se as
pesquisas apontarem que Dilma corre risco de não se eleger. Como se trata de
uma remota possibilidade e Lula sabe que não é eterno, já começa a preparar,
por São Paulo, o novo poste que quer fincar em Brasília. São Paulo é hoje uma
cidade sitiada. Haddad tem, talvez, o maior desafio da sua vida de homem
público: solucionar os problemas da cidade. Se conseguir, é o candidato natural
do PT à sucessão de Dilma em 2018. Além das qualidades de administrador, é
bonito e jovem, um antídoto perfeito para o “garotão” (e garanhão) Aécio Neves (PSDB).
Haddad só corre riscos dentro do próprio partido: os perigosos recalcados do
PT. É tradição, dentro do partido, queimar aqueles que não querem que ascendam.
Aconteceu com José Dirceu e com Antônio Palloci. A batata de Haddad pode
começar a ferver. E é contra isso que ele e sua equipe precisam trabalhar desde
já.
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