Meu saudoso avô paterno, Alfredo Guedes Monteiro, um dos mais
respeitados funcionários do Fórum de Sena Madureira, minha cidade Natal
localizada a 144 Km de Rio Branco, a capital, era mestre não apenas em me
ensinar como enfrentar a vida. Nas nossas conversas ao final da tarde, na
casinha que ainda existe até hoje e onde morreu comigo ao lado dele, dizia,
sobre a atuação dos juízes no Fórum da cidade: “Meu filho, da cabeça de um juiz
e de uma criança pode esperar que em sempre uma surpresa”. As lembranças do meu
Avô e da sabia frase martelam na minha cabeça desde ontem após a decisão
parcial do Supremo Tribunal Federal (STF) de absolver os réus do Mensalão,
membros do Partido dos Trabalhadores (PT), da acusação de corrupção passiva,
inclusive o relator, Joaquim Barbosa, por entender que “como eram do PT, não se
caracteriza a compra de votos”. Caramba! É de pirar a cabeça de qualquer um.
Quer dizer que um deputado como o Paulo Rocha, por exemplo, do Pará, que
segundo as denúncias, levou exatos R$ 980 mil, sairá da história limpinho, sem
nenhuma mácula, apenas R$ 980 mil mais rico? Sinceramente, ainda terei de
repetir muitas vezes a história que o meu avô me contava aos meus futuros
netos.
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