Tenho a impressão que o poder embeveceu Luiz Inácio Lula da Silva, a
ponto de até nas metáforas que faz demonstrar arrogância e prepotência “jamais
vista na história deste País”. Uma delas, com a qual se saiu bastante bem, por
sinal, foi a de que “de poste em poste” o Brasil ficava iluminado, numa
referência aos adversários que chamavam de postes os candidatos por ele
escolhido, inclusive Dilma Rousseff, mas perdiam as eleições. Lula, no entanto,
dá demonstrações de extrema arrogância ao dizer, por exemplo, que a provável
vitória de mais um dos postes dele, Fernando Haddad, em São Paulo, é como se
fosse um hebeas corpus para o Mensalão. Dizem que o pior cego é o que não quer
enxergar. Em São Paulo, aí sim, o povo tem razão, até um poste venceria José
Serra (PSDB), em função da enorme rejeição do candidato tucano à prefeitura da
cidade. Dizer que o Supremo Tribunal Federal (STF) condena e o povo absolve é
de uma miopia sem tamanho. Será que Lula não consegue enxergar que existe
pressão popular em prol da condenação de todos os “quadrilheiros”? Misturar as
coisas é prova de ingenuidade ou prepotência. Como, de ingênuo, Lula não tem
nada, tenta, com essas frases de efeito, desqualificar o próprio STF. É um péssimo
exemplo para a Nação.
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