quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Manaus dos 343 anos e 12 mortes na Ponta Negra


Datas festivas nem sempre indicam motivos de comemoração. Manaus completa hoje 343 anos de “um sonho feliz de cidade”, que nasceu “Porto de Lenha” e, segundo Zeca Torres e Aldísio Filgueiras, jamais será Liverpool. Uma das provas vivas de que Manaus tem complexo de Paris ou de Liverpool foi a obra denominada “Praia da Ponta Negra” que, no fundo, não passa de um balneário mal-ajambrado para valorizar os apartamentos dos ricos que ali moram e “engambelar” os pobres atraídos para lá aos domingos e feriados. Depois que a “Praia” foi reaberta, 12 pessoas morreram e o poder público tem o discurso de uma nota só: a prefeitura não é babá de bêbado! Chegar aos 343 anos com uma Prefeitura que não assume sua responsabilidade institucional e cria obras de gosto duvidoso e eficácia mais duvidosa ainda, não me parecem motivos para nenhum tipo de comemoração. Ao contrário, hoje deveria ser uma data para fazermos uma reflexão profunda sobre o que fazer e em quem votar no próximo domingo. Enquanto Vanessa Grazziottin (PC do B), que talvez fosse o novo, esqueceu a história por ela construída no Estado, aliou-se ao que há de mais nojento na política da cidade, Artur Neto (PSDB), de novo não tem nada e representa, no fundo, talvez uma reação da própria cidade aos erros cometidos historicamente nos últimos 20 anos. É pouco para quem alcança os 343 anos. Indica, porém, um golpe de morte nos caciques que se consideram donos do voto do povo. Dizer não ao absolutismo dos que se consideram quase-deuses, esse sim, é o maior motivo de comemoração.

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