quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Juízes eleitorais do interior dão bons exemplos


Mais um juiz eleitoral do interior dá um exemplo de como a Justiça pode atuar para tornar a Democracia participativa um regime menos injusto. Desta vez foi a juíza da 6ª Zona Eleitoral, em Manacapuru, Rosália Sarmento. Ela decretou, segunda-feira, dia 01 de outubro de 20121, a prisão preventiva do ex-prefeito e vereador-licenciado do município, Afrânio Pereira Júnior, e do coronel da Polícia Militar (PM) Marcos Brandão da Cunha. A decisão da juíza tem o objetivo de “coibir a mistura perniciosa de policiais militares em atividades político-partidárias que tem imperado em Manacapuru às vésperas das eleições municipais” “Essa mistura explosiva de polícia e política já deu margem para muita matéria jornalística (...), se não forem adotadas medidas extremas como as que têm sido adotadas nos últimos dias a próxima notícia veiculada será de morte coletiva”, justificou Rosália no decreto de prisão. O mesmo raciocínio deveriam ter os juízes eleitorais da capital que assistem, passivamente, a forma acintosa com a qual governador, senador, presidente da república e ex-presidente usam o horário eleitoral gratuito para “implorar” o voto dos eleitores para a candidata do grupo. Isso é uma forma de pressão constante direcionada principalmente aos eleitores menos esclarecidos. Isso torna o jogo democrático absurdamente menos igual. Quando isso acontece, é dever da Justiça Eleitoral interferir. Em Manaus, porém, os olhos dessa Justiça parecem estar literalmente vendados.

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