O candidato à prefeitura de Manaus pelo Partido da República (PR),
Henrique Oliveira, foi provocado em várias entrevistas. Todos queriam saber
quem Oliveira apoiaria no segundo turno. Safou-se de todas as pressões de forma
perspicaz. Com a mesma inteligência com que assumiu o apelido de “Cabeção”.
Saiu-se com uma das respostas mais sagazes que já ouvi. Disse que na casa dele
há cinco pessoas, mas, que ele só tinha condições de garantir o voto dele
mesmo, pois, os votos que teve nessas eleições, e que o levaram a quase tirar a
candidata do sistema do segundo turno, eram do povo, não dele. Henrique
Oliveira demonstrou sabedoria demais para um estreante na disputa. E, pelo
jeito, faz a mesma leitura que faço da votação: seus votos são daquelas pessoas
que, por não quererem de forma nenhuma a candidata do sistema no segundo turno,
votaram nele com um único objetivo: tirar Vanessa Grazziottin (PC do B), do
segundo turno. Se isso for mesmo verdade, pouco importará para qual lado
Oliveira for, grande parte dos votos dele migrará mesmo para Artur Neto (PSDB).
Originário dos programas de televisão “mundo-cão”, Henrique Oliveira sabe que
pode se consolidar como uma liderança política alternativa para os que estão no
campo de atuação de Sabino Castelo branco, porém, sem a mesma rejeição entre os
componentes das classes médias e alta. E, acima de tudo, como oposição ao que
aí está. Para isso, porém, não pode escolher o lado errado no segundo turno.
Daí, talvez, toda essa cautela. Saiu-se muito bem no primeiro dia como a “noiva”
(ou o noivo) mais cobiçado.
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