Será que esses pastores e obreiros ainda não tomaram ciência de que o
Estado é laico e o povo não cai mais nessas esparrelas de misturar política com
religião? Em São Paulo, no desespero, o pastor Silas Malafaia iniciou uma cruzada
contra o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), Fernando Haddad, por conta
do que maldosamente o próprio pastor denominou “Kit-gay”. A intolerância do
pastor e o silêncio do adversário, José Serra (PSDB) a respeito do assunto
deram em 10 pontos percentuais de diferença pró-Haddad. Aqui em Manaus, René
Terra Nova, que apoia a candidata Vanessa Grazziottin (PC do B), em estado de
extremo desespero, apela para divulgar, no You Tube, um vídeo no qual o
candidato do PSDB, Atur Neto, declara ser a favor do aborto e da união
homoafetiva. Já estive no time dos que são completamente favoráveis ao aborto.
Hoje tenho lá minhas dúvidas. No entanto, ser ou não a favor do aborto não é
critério que uso para escolher candidatos. Muito menos se são ou não a favor da
união homoafetiva! Uma campanha que já teve até ovo falso, que, agora, insiste
em saber quem está por trás de quem não pode, no limite, descambar para o incentivo
a homofobia. Toc, toc! Povo da comunicação de Vanessa, vê se se toca! O mais
pífio e vergonhoso desempenho de uma “candidata do sistema” talvez não tenha
sido culpa dela. Mas, de vocês, que a transformaram em uma caricatura. Além dos
erros grotescos cometidos pela soberba e prepotência de quem a indicou
candidata. Por favor, não caiam nessa armadilha de eleger a homofobia como
ponto central da campanha. Vão levar a maior surra política que uma cidade já
impingiu a uma candidata. Melhor mudar o rumo e apresentar algo diferente de apenas
“sentar com o Omar”. O desastre está próximo. Não o transformem em uma tragédia
sem precedentes para a própria história política de Vanessa Grazziottin.
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Como não compartilhar seus textos? Como sempre todos de muito bom senso. Sou cristã e me envergonho de ver a postura desses homens, que se intitulam "homens de Deus" e "apóstolos" disseminando a intolerância por aí...Tbm acho que religião e política não deveriam se misturar. A Igreja não precisa de política!
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