quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Não se joga uma história no lixo


Não tenho nenhuma procuração para defender a candidata do PC do B à prefeitura de Manaus, Vanessa Grazziotin. E não ocuparei este espaço para defendê-la dos graves erros cometidos nesta campanha. Inclusive o de ter aceito ser candidata. Confesso, porém, que até eu, com a perspectiva de ter o apoio incondicional de Eduardo Braga (PMDB), Omar Aziz (PSD) e os dois maios poderosos líderes atuais do Partido dos Trabalhadores (PT), certamente, sentir-me-ia seduzido pela perspectiva de ser o “prefeito de Manaus na Copa do Mundo”. E ninguém pode dizer que Grazziottin não recebeu o apoio dos quatro maiores líderes político em atuação, hoje, em Manaus e no Amazonas. “Faltou, porém, combinar com os russos”. E, os russos, nesse caso, são as pessoas, o povo. E, ao que parece, o povo de Manaus resolveu mandar um recadinho a todos os que se consideram donos dos seus votos e das suas consciências. Isso, porém, jamais pode invalidar ou anular a história de luta da então deputada federal Vanessa Grazziottin. Ela escreveu uma história de vida (e de luta) de acordo com aquilo que crê e defende. Se dessa vez o povo deu uma resposta contrária a ela, talvez seja para, indiretamente, fazer valer a máxima “diz-me com quem andas e direi quem és”. O grupo político que hoje sustenta a candidatura de Vanessa Grazziottin é o mesmo que ela combateu a vida inteira. O povo, ao que parece, não perdoa incoerências. Afora, isso, a história de Grazziottin precisa (e deve) ser respeitada.

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