Não tenho nenhuma procuração para defender a candidata do PC do B à
prefeitura de Manaus, Vanessa Grazziotin. E não ocuparei este espaço para
defendê-la dos graves erros cometidos nesta campanha. Inclusive o de ter aceito
ser candidata. Confesso, porém, que até eu, com a perspectiva de ter o apoio
incondicional de Eduardo Braga (PMDB), Omar Aziz (PSD) e os dois maios
poderosos líderes atuais do Partido dos Trabalhadores (PT), certamente,
sentir-me-ia seduzido pela perspectiva de ser o “prefeito de Manaus na Copa do
Mundo”. E ninguém pode dizer que Grazziottin não recebeu o apoio dos quatro
maiores líderes político em atuação, hoje, em Manaus e no Amazonas. “Faltou,
porém, combinar com os russos”. E, os russos, nesse caso, são as pessoas, o
povo. E, ao que parece, o povo de Manaus resolveu mandar um recadinho a todos
os que se consideram donos dos seus votos e das suas consciências. Isso, porém,
jamais pode invalidar ou anular a história de luta da então deputada federal
Vanessa Grazziottin. Ela escreveu uma história de vida (e de luta) de acordo
com aquilo que crê e defende. Se dessa vez o povo deu uma resposta contrária a
ela, talvez seja para, indiretamente, fazer valer a máxima “diz-me com quem
andas e direi quem és”. O grupo político que hoje sustenta a candidatura de
Vanessa Grazziottin é o mesmo que ela combateu a vida inteira. O povo, ao que
parece, não perdoa incoerências. Afora, isso, a história de Grazziottin precisa
(e deve) ser respeitada.
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