O fato de a “candidata do sistema”, Vanessa Grazziottin (PC do B), não
atingir nem 20% dos votos válidos, ao que parece, não foi a única tragédia que
se abateu sobre as ditas “duas maiores lideranças políticas do Estado”, o
governador Omar Aziz (PSD) e o senador Eduardo Braga (PMDB). O primeiro, talvez
por ocupar o cargo, não saiu tão arranhado do primeiro turno. Ainda assim,
recorreu ao expediente vergonhoso e convocar reunião do alto escalão do
governo, dita de trabalho, para pedir “mais empenho” no segundo turno. Esse
tipo de reunião de um governador para “pressionar” seu secretariado a pedir
votos para a candidata que apoia é ou não crime eleitoral? Posso até estar
enganado, mas, na pior das hipóteses, trata-se, do ponto de vista trabalhista,
de assédio moral. Já no caso de Eduardo Braga, o desempenho pífio de Vanessa
Grazziotin, caso se confirme no segundo turno com uma derrota acachapante, pode
significar um carimbo nada alentador na sua liderança, no Governo Dilma, e no
Estado: “validade vencida”. O número de vereadores eleitos é outro indicador de
que essa liderança, pelo menos entre os eternos políticos puxa-sacos, também se
encontra arranhada, ou, no mínimo, ameaçada, pelo próprio governador Omar Aziz.
O partido criado às pressas pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD),
cuja maior liderança no Estado é Aziz, elegeu quatro vereadores, Dr. Gomes,
Hiran Nicolau, Issac Tayah e Motoso. Já o PMDB, não passou do pastor Marcel
Alexandre. Como segurar algum prestígio nacional com menos de 35 mil votos de
legenda nas eleições para vereador? Os números já demonstram que o PMDB foi
quase varrido para debaixo do tapete. Caso retome, pelo menos nos discursos, um
pouco da humildade que, dizem, nos bastidores, Braga nunca demonstrou, talvez
ainda se recupere. Caso contrário, terá de dar muitas explicações, inclusive,
ao PMDB nacional. O segundo turno será o fiel desta balança que já não pende em
nada para o lado do PMDB no Estado.
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Meu caro Gilson, em toda minha vida nunca vi a população de Manaus encarnar uma eleição,para prefeito,a exemplo desta no segundo turno,onde o Arthur, indiscutivelmente será o prefeito de Manaus. A queda livre de Eduardo Braga é visível,até por que o voto é do eleitor e ninguém poderá falar por ele, senão ele mesmo. Quer tenha adesão, ou não dos partidos remanescentes do primeiro turno, o povo vai dar a resposta no dia 28 de Outubro, sem dúvidas...
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