A campanha da candidata do Partido Comunista do Brasil (PC do B) à
prefeitura de Manaus, Vanessa Grazziottin, mudou de tom no segundo turno.
Talvez pela dispensa da turma que veio de São Paulo e a troca por Paulo Castro,
meu colega e turma de jornalismo de 1985 na Universidade Federal do Amazonas
(Ufam). Por conhecer o profissionalismo de Castro, lamento muito que tenha sido
escolhido só agora, por eliminação. O resultado do primeiro turno o obriga a
ser não o homem da comunicação de Grazziottin, mas, um milagreiro. E Castro, ao
que parece, interviu com mão dura na campanha do horário eleitoral. A
caricatura política da “mãe de Manaus” foi substituída por uma Vanessa mais
firme. A mulher que não tinha nenhuma proposta e vivia da promessa de “sentar
com o Omar”, agora, parece até que tem soluções para os problemas de Manaus. Talvez
pelo momento de extremo desespero, porém, a campanha foi centrada em uma única
nota: associar a imagem de Atur Neto à de Amazonino Mendes. A mim me parece
mais um erro crasso. Dificilmente essa associação “dará liga”. Sem contar que,
entre os mais humildes, Mendes ainda mantém um eleitorado fiel. Tentar
associá-lo a Neto, ao invés de tirar votos, pode surtir efeito contrário em
algumas camadas. Paulo Castro é um bom profissional, mas, em Comunicação, não
se faz milagres quando os erros são praticados em série. Os votos de Artur Neto
não foram só dele. São contra um grupo político que quer implantar em Manaus um
jeito hegemônico de fazer política. O recado foi dado: o povo de Manaus não aceita
ser gado. E também não engole a forma como Neto foi arrancado do Senado. Uma
parte da população votou em Neto e a outra em Henrique Oliveira (PR) porque não
quer Vanessa na Prefeitura. Não por ela, mas, pelo grupo que ela representa.
Será quase impossível mudar essa tendência.
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