A se levar em conta o resultado do primeiro turno das eleições em
Manaus, um Amazonino Mendes (PDT) sem dizer uma palavra vale mais do que uma
presidente Dilma (PT), um Lula (PT), um Braga (PMDB) e um Omar (PSD) a matracar
todos os dias no programa eleitoral da segunda colocada, Vanessa Grazziottin
(PC do B). Artur Neto (PSDB) teve mais que o dobro dos votos de Vanessa e,
dizem as más línguas, foi apoiado, na surdina, por Amazonino Mendes. Se isso
for verdade, confirma-se o que eu disse anteriormente, ou seja, o peso político
de Mendes junto ao povo. Claro e evidente que não foi isso. E, também, é claro
e evidente que, caso Vanessa não tivesse esse apoio escancarado e acintoso desses
quatro “grandes” líderes políticos, nem teria chegado ao segundo turno, uma vez
que ficou apenas três pontos percentuais a frente de Henrique Oliveira (PR).
Afora isso, já participei de inúmeras eleições em Manaus desde que passei a
viver na cidade, em janeiro de 1979. A memória não dá conta em dizer quantas.
Ontem, por sinal, repeti o cheguei de Brasília meio-dia, com já tinha feito em
uma das anteriores, curiosamente do mesmo destino, para cumprir a minha
obrigação de eleitor. Talvez tivesse feito a mesma coisa, fosse o voto
facultativo ou não. Quero dizer, com toda a sinceridade do mundo, que acredito
cada vez menos no modelo de democracia praticada nos moldes atuais,
principalmente no Brasil. Só deixei de votar, porém, quando passei 7 anos em
São Paulo, a cursar mestrado e doutorado. A sensação que tive ontem, ao me
deslocar do Aeroporto para casa e, logo em seguida, para o local de votação,
foi de uma eleição tranquila. Embora tenha visto fotos de “santinhos” jogado
nas ruas aos montes, nem de longe, se compara à sujeira que se via em eleições
anteriores. Hoje em dia, as maiores sujeiras ocorrem nas campanhas, nas
atitudes, num jogo de dar nojo, que só empobrece o debate sobre os verdadeiros
problemas da cidade. Quanto aos santinhos, que seja um critério rígido de todos
nós no segundo turno: não votar em nenhum dos que forem pego nas ruas no dia do
pelito. Talvez, assim, os candidatos aprendam a respeitar a cidade e a nós.
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