segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Um Amazonino calado vale mais...


A se levar em conta o resultado do primeiro turno das eleições em Manaus, um Amazonino Mendes (PDT) sem dizer uma palavra vale mais do que uma presidente Dilma (PT), um Lula (PT), um Braga (PMDB) e um Omar (PSD) a matracar todos os dias no programa eleitoral da segunda colocada, Vanessa Grazziottin (PC do B). Artur Neto (PSDB) teve mais que o dobro dos votos de Vanessa e, dizem as más línguas, foi apoiado, na surdina, por Amazonino Mendes. Se isso for verdade, confirma-se o que eu disse anteriormente, ou seja, o peso político de Mendes junto ao povo. Claro e evidente que não foi isso. E, também, é claro e evidente que, caso Vanessa não tivesse esse apoio escancarado e acintoso desses quatro “grandes” líderes políticos, nem teria chegado ao segundo turno, uma vez que ficou apenas três pontos percentuais a frente de Henrique Oliveira (PR). Afora isso, já participei de inúmeras eleições em Manaus desde que passei a viver na cidade, em janeiro de 1979. A memória não dá conta em dizer quantas. Ontem, por sinal, repeti o cheguei de Brasília meio-dia, com já tinha feito em uma das anteriores, curiosamente do mesmo destino, para cumprir a minha obrigação de eleitor. Talvez tivesse feito a mesma coisa, fosse o voto facultativo ou não. Quero dizer, com toda a sinceridade do mundo, que acredito cada vez menos no modelo de democracia praticada nos moldes atuais, principalmente no Brasil. Só deixei de votar, porém, quando passei 7 anos em São Paulo, a cursar mestrado e doutorado. A sensação que tive ontem, ao me deslocar do Aeroporto para casa e, logo em seguida, para o local de votação, foi de uma eleição tranquila. Embora tenha visto fotos de “santinhos” jogado nas ruas aos montes, nem de longe, se compara à sujeira que se via em eleições anteriores. Hoje em dia, as maiores sujeiras ocorrem nas campanhas, nas atitudes, num jogo de dar nojo, que só empobrece o debate sobre os verdadeiros problemas da cidade. Quanto aos santinhos, que seja um critério rígido de todos nós no segundo turno: não votar em nenhum dos que forem pego nas ruas no dia do pelito. Talvez, assim, os candidatos aprendam a respeitar a cidade e a nós.

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